domingo, 5 de outubro de 2008

Estranha forma de vida


Ainda mal passou um mês desde que estávamos de férias a aproveitar o nosso Retiro. Vínhamos das nossas terrinhas, cada um de cada ponto do país, uns mais ressacados que outros, uns mais sóbrios que outros, uns mais abstémios que outros, enfim, simplesmente íamos para o Retiro. Íamos juntar a manada.
E a manada se juntou, primeiro no norte, depois na Benedita e por fim num parque de campismo em Albufeira city, onde descobrimos a melhor rua dos bares do mundo (não menosprezando a da praia da rocha). Acampar para nós não tem segredos! Montamos tendas à noite e nem lanternas levamos e qual colchonete qual carapuça! Campismo que é campismo é às escuras e para dormir escolhemos um sítio cheio de pedras! Porém, os dias que se seguiram bem mostraram que lanternas e colchões realmente não iriam ser necessários. Desde mergulhos às 5h da manhã, porque a água é mais quentinha e a lua dá um bronze do caraças, até dormir à portas de bancos, porque tem música ambiente e chove nos pés, nós abacalhamos tanto, que só vendo se acreditaria.

Foram manhãs na piscina a dormir e a ressacar, foram almoços, lanches e jantares numa única refeição a meio da tarde, foram garrafões e garrafões de VodkaSunQuick, foram litros de sangria, foram noites na melhor rua dos bares do mundo, foram noites no DiscoClub com festa da cerveja, foram noites a dormir nos carros estacionados numa rua algures em albufeira, ou então frente ao pingo doce. Foi um dia na praia que dá em chuva, foi uma noite ao relento para não gregar na tenda, foi uma tenda com uma narguilha e cheia de nevoeiro, foi uma noite com o Marco Paulo, foram fotografias com Yolandas e inglesas, foram Bélgicos que aprenderam “OH JOOOOOONNEEE!!!” foram brasileiros poetas da maconha, foram anúncios para empregadas, foram copos gamados, foram Karaokes avacalhados, foram compras no Lidl. Depois rumamos à Invicta, para acabar o Retiro no lugar que viu nascer o gangue. Jantar, noitada, álcool e menires. Foram dias e noites do gangue. Foram dias e noites simplesmente fenomenais.

Agora voltamos todos ao trabalho, ou pelo menos tentamos. As aulas “começaram” mas nós não íamos às aulas, inauguramos casas cujas paredes são sagradas, andamos pela cidade passeando, bebendo, fumando e retirando identidades. Vieram os caloiros e toca para a semana de recepção, terminando na Flower que revela pessoas bipolares.
Basicamente andamos na vadiagem, e até dói saber que já temos trabalho para fazer e que realmente justifica a mesada que recebemos. Mas, mesmo assim, juntamo-nos quando podemos, basicamente à quinta-feira, e vamos já regados para a praixe, avacalhar actuações, beber shots vinho do porto, e perpetuar o nosso vandalismo pela cidade.



E independentemente da distância, independentemente do trabalho, independentemente dos dias, das vidas que às vezes levamos tão diferentes e desencontradas, continuamos as mesmas pessoas (tão bem recomendadas, ou então não) que se juntam e aproveitam ao máximo uma noite, não a tornando em apenas em mais uma noite, mas sim tornando-a A Noite, onde as tristezas e frustrações não têm lugar, os problemas ganham solução e tudo ascende a um nível superior.

A todas estas pessoas, um muito obrigada.

2 comentários:

Adélis disse...

Subscrevo e não tenho mai nada a d'zere!
Es assim super hiper mega bestiaaal!
Beijao

Jone Tino disse...

Está fenomenal...Foi o melhor setembro de sempre...Tambem só tenho a agradecer...Beijão