quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Uma perspectiva diferente de uma Flower
_Vamos!
Ora então, para quem já tenha reparado no título, deve pensar que, mais uma vez, se passou alguma cena caricata alimentada pelo nosso estado extremamente ébrio.. Infelizmente não... Desta vez, ao contrário do que seria de se esperar, o post irá ser dedicado à longa noite de alguém que permaneceu sóbrio e que, de tal modo, pode fazer um relato fiel ao que a Flower, essa magnífica celebração, realmente é!
Além disso, em vez de ser esperada uma amálgama de acontecimentos não datados, pela primeira vez neste blogue, uma noite dessas irá ter cronologia. Portanto, como duvido sinceramente que tal tortura se repita, aproveitem!
18h10 - Transporto, na digivolução pick up do Verdocas, cerca de 10L de vodka e 8L de Tequilla, que, por incrível que possa parecer, não são para consumo do Gangue.
(Tenho pena de não ter tirado uma foto ao carro, porque estava a verdadeira comédia!)
22h30 - Jantarzinho apressado de bacalhau com batata a murro, acompanhado do vintage sumo de laranja Nectaríssimo do PD.
22h50 - Viagem de Verdocas sem GPS activado até ao Largo da Cordoaria.
23h05 - Entrada no mui nobre Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar pela erudita porta de serviço, sem que os Seguranças olhem para mim de lado, nem tampouco busquem pelo típico garrafão de 5L que sempre me acompanha nestas noites de festim. ( É de destacar o facto de transportar um facalhão comigo e nem assim parecer aos olhos dos guardiões da Flower uma psicopata).
23h10 - Abro a primeira garrafa da noite e, incrivelmente, não para ninguém a beber de penalty.
23h30 - Começo a esmagar limas.
00h15 - Entram as primeiras pessoas na Flower.. (ainda estou a esmagar limas).
00h30 - Sirvo a primeira bebida a alguém que me surpreende pelo estado de sobriedade.
01h00 - De um momento para o outro, as coisas descontrolam-se e o Átrio de Biomédicas enche-se.
01h05 - Dou por mim rodeada de pessoas que eu nunca vi na vida que, contudo, aparentam saber o meu nome. (vá-se lá saber porquê).
01h06 - Parece que tenho rastas no cabelo, da quantidade de bebida que já entornaram por cima de mim.
01h07 - As minhas mãos colam.
01h08 - Tento, em vão, limpar parte da sujidade do balcão com o líquido azul que trouxe do continente.
02h00 - Avisto os primeiros membros do Gangue, num estado de ebriedade de invejar. Sinto-me feliz por o meu turno estar a acabar.
02h30 - Apercebo-me que o meu turno não vai acabar.
02h45 - Descubro que, afinal, há música na Flower.
02h46 - Descubro que as músicas se repetem na Flower.
03h00 - Tenho o primeiro confronto com os ébrios que tentam empurrar o balcão, ditando-lhes as delicadas palavras, em tom de simpatia: "PAREM DE EMPURRAR O BALCÃO, CARALHO!"
03h05 - Dei conta que, a partir de determinada hora, ninguém pede shots específicos: apenas pedem "forte", "fraco", "sem absinto", "só de absinto".
03h10 - Descobri que consigo fazer equilibrismo.
03h40 - Continuo a ignorar as pessoas desconhecidas que aparentam saber o meu nome e me puxam enquanto eu cirando de um lado para o outro com 6 finos nas mãos.
04h10 - Apercebo-me de que tenho a camisola a pingar bebida (mas achei melhor não dizer a ninguém) e o tronco todo a colar, da quantidade de bebida que já entornaram por cima de mim.
04h25 - Apercebo-me que só há badalhocas a mostrarem a lingerie, quando dançam em cima do balcão.
04h30 - Tento perceber o que se passa fora dos limites do balcão, mas, lançado um olhar, percebo que talvez nem valha a pena e desisto de tal tarefa.
04h45 - Incomodo 3 casais que se apoiam no balcão para que possa ir pela primeira vez à casa de banho.
04h50 - Entro na casa de banho e perco a vontade de ir a casa de banho.
04h51 - Vou lavar as mãos e, num olhar de esguelha para o espelho, descubro que não devia ter saído do bar.
04h53 - Incomodo os 3 casais novamente, para poder regressar ao meu mártir.
05h15 - Começa a Liquefacção. Dou conta que os habitués já não arredam pé do balcão.
05h16 - Adormece a primeira pessoa com a cabeça pousada no balcão. Acordo-a e encaminho-a para a valeta mais próxima.
06h00 - Acendem-se as luzes e as pessoas começam a dispersar. Os mitras ficam a contribuir para acabar com o stock.
06h02 - Olho para o chão e o meu centro do vómito é automaticamente estimulado. Controlo-me e decido não olhar mais para o chão.
06h30 - Começam as arrumações propriamente ditas. Pessoas acreditam que têm força sobrenatural, outras têm visões.
07h10 - Estou a sair do Átrio, de mochila e saco do lixo na mão. Não perdi a chaves de casa, nem o telemóvel.
07h15 - O Verdocas digivolui para autocarro, e, ao invés do que seria de esperar em situações análogas, não precisa do GPS.
08h30 - Chego a casa, na ânsia de tomar um banho.
08h31 - Tomo banho.
08h36 - Caio na cama, como em muitas outras Flower's. Excepto o facto de não aterrar propriamente, mas adormecer instantaneamente, tal é o cansaço.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
PARABÉNS
Este é o melhor vídeo de sempre!
http://www.youtube.com/watch?v=dwiaKAyh-FI&feature=related
sábado, 12 de dezembro de 2009
5 passos para o garrafão
Leiam com atenção, são conselhos úteis para queles momentos especiais com o garrafão do tintol.
http://www.nestle-waters-direct.com.pt/ajuda/ajuda.htm
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O tempo
A cada letra que olhas, a cada palavra que lês, segundos passam, cada dia é mais uma pagina que acrescentas ao livro. Se olhares para trás, se voltares ao princípio do capítulo, verás que muitas páginas já escreveste.
As amizades que fizeste
As desilusões que afogaste em litros de cerveja
As festas que fizeste
As minis que mamaste
O vinho que gregaste
As noites que não dormiste
As tardes de ressaca
Os shots que cravaste
As coisas que roubaste
As leis que infringiste
As directas a estudar que fizeste
Os dias de clausura a estudar
Os litros de cafeína que bebeste
As coisas que fumaste
As noites que esqueceste
As pessoas a quem bateste
As valetes e bancos onde dormiste
Os carros onde destilaste
Os passeios que fizeste
Os lugares que conheceste
A capa que traçaste
A família que fizeste
Os rasgões que fizeste
As canções que cantaste
O lema que gritaste
As causas que defendeste
As piadas de que ristes
As pessoas com quem te riste
Os abraços que destes
Os panikes do 77
As lágrimas que choraste
As flowers a que foste
Os balcões onde bombaste
Os varões onde te roçaste
Os afterhours no piolho
As manhãs de queima
Os momentos em que brindaste
As pessoas a quem brinsdate
Os copos de penalti
É coisa manhosa que passa sorrateira.
O tempo é fodido.